A história do vibrador

Você acredita que ele surgiu para dar descanso às mãos dos médicos que já estavam cansadas de massagear suas pacientes?! Verdade... olha que interessante essa história.

Pouco se sabia sobre a sexualidade feminina no século XIX e nessa época, mulheres que sofriam de irritabilidade, insônia, ansiedade, dores de cabeça, choro e falta de apetite, entre outros sintomas, eram diagnosticadas com “histeria”, uma doença que atingia apenas mulheres.

Acreditava-se que a doença era causada por perturbações no útero. Ela não levaria a morte, mas precisava de um tratamento terapêutico feito pelo médico no consultório mesmo. E sabe como era esse tratamento terapêutico?

Massagem genital até a mulher atingir o “paroxismo histérico”, conhecido atualmente como orgasmo! :)

Com as mãos, o médico estimulava a paciente até que ela atingisse o orgasmo, um momento em que a mulher se acalmava depois de episódios de gritos e gemidos. As mulheres precisavam visitar o médico regularmente para o tratamento da histeria e muitas eram levadas pessoalmente pelos maridos que aguardavam do lado de fora do consultório.

Essa massagem era uma tarefa cansativa, exigia destreza manual e uma boa dose de tempo pois algumas mulheres demoravam para atingir paroxismo histerico, então, os médicos, de tanto massagear suas pacientes, começaram a ter em suas mãos uma espécie de LER - Lesão por esforço repetitivo.

Em 1869 o primeiro vibrador é criado pelo médico George Taylor, ele era movido a vapor e a partir dele outros foram criados, movidos a manivela, ar comprimido, bateria, eletricidade... ele foi muito útil para agilizar o tratamento médico, pois as pacientes chegavam ao orgasmo mais rápido, e permitia aos médicos descansar as mãos e atender mais pacientes.

Na década de 1920 os médicos abandonaram os tratamentos físicos sobre a histeria em favor de técnicas psicoterapêuticas mas os vibradores continuaram sendo comercializados e as propagandas os anunciavam como auxiliar de saúde, símbolo de vigor e beleza.

A utilidade do vibrador não era associada à masturbação ou à função sexual, porém, quando começou a aparecer em filmes pornográficos, e foi ganhando conotação sexual, o vibrador adquiriu um ar negativo, ligado à vulgaridade então, as propagandas começaram a desaparecer gradualmente.

Ele só voltou a ser relativamente aceito por volta da década de 60 e hoje é indicado por ginecologistas para auxiliar o prazer e a descoberta da sexualidade.

Tem um filme bem legal que conta essa toda essa história, chama-se Histeria e tem ele completo no Youtube. A qualidade só não é muito boa, mas dá pra assistir!! :)

E para conhecer mais sobre vibradores antigos, dá uma olhadinha no site do Good Vibrations Antique Vibrator Museum, um museu que fica em São Francisco na Califórnia e reúne vibradores de todos os tipos e épocas! :)

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Beijos!

Dona Pantera